domingo, 25 de outubro de 2009

NÉLIO NAKAMURABRANDÃO MORTO.P/POLICIAIS

NÉLIO NAKAMURA BRANDÃO.CASADO, ÚLTIMO ANO DE DIREITO,COMERCIANTE.
Tudo começou as 5:30hs da madrugada do dia 13 de setembro de 2009, o telefone residencial toca quando vou atender desliga e começa a tocar o celular quando vou atender cai a ligação e menos de 5 minutos toca a campainha era Eladia (esposa de meu filho), falando que tinha sido roubado e que o Nélio teria entrado dentro da casa pegando a moto e uma arma calibre 32 e foi atrás do ladrão. Fomos a procura do Nélio pelo bairro mas nada encontramos, quando falei para Eladia vamos para casa que o Nélio vai voltar, qual foi a nossa surpresa, duas viaturas policiais encostaram e disseram “pegamos o ladrão do carro e o da moto”; quando eu disse “o da moto é meu filho” eles disseram “fizemos uma cagada”, sem me ouvir eles foram embora em velocidade e fui para a Delegacia 41º, mais perto da minha casa, mas era um entra e sai de viatura que perguntei aonde estava o meu filho, o que eu escutei foi que era troca de plantão e não podia me dar informação. Foi quando eu ouvi no rádio da polícia que Hospital Jardim IVA.
Fui para lá mas me disseram que não tinham nenhuma pessoa com nome Nélio e que tinha entrado dois desconhecidos pois os políciais deram fim nos documentos do meu filho, foi quando entrei adentro do Hospital para falar com o pessoal da enfermagem, encontrei o enfermeiro e comecei a descrever a característica do meu filho, 1,75m, mestiço, ele mandou aguardar. Logo veio acompanhado de médicos e psicólogo para me dar a notícia que era parecido com a descrição e se eu queria ir fazer o reconhecimento. O chão saiu do meu pé.
Quando sai do necrotério e fui para a frente do Hospital tinha tanto carro de polícia, corregedoria boina azul, rede record, nada falei, estava em estado de choque.
Depois foi levado ao IML de Artur Alvim, solicitaram ao professor do Nélio para fazer a autópsia para que não fosse alterado nada.
A faculdade Unicid liberou por dois dias o pessoal do curso de direito para dar a última despedida.
Meu filho Nélio cursava o quinto ano de direito e estava prestes a se formar e o sonho dele era ser juíz. O momento mais difícil não é na hora da perda e sim o dia seguinte onde procuramos e não encontramos e temos a certeza que nunca mais a teremos.
Saudade, saudade, saudade do meu Nelinho, se não fosse a minha fé e a convicção de que a vida não termina com a morte, se não fosse as minhas filhas, principalmente Aline que é muito especial. Acho que teria pirado, além da minha família, o trabalho, a terapia e a doutrina espírita, me deram forças para superar a separação e a falta do Nélio.